Estamos no mês de prevenção ao câncer de mama. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
A doença nada mais é que tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns. Ele se desenvolve quando ocorre uma alteração de apenas alguns trechos das moléculas de DNA, causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto.
Cirurgia plástica e o câncer de mama
A cirurgia plástica tem um papel fundamental no tratamento do câncer de mama. A reconstrução mamária é a cirurgia reparadora que é realizada após a retirada da mama, em decorrência da doença. Existem diferentes técnicas de cirurgia para a reconstrução da mama, a escolha vai depender da forma, tamanho e localização da retirada do tecido.
Tipos de cirurgia plástica para reconstrução mamária
- Prótese de silicone: a técnica é indicada, geralmente, nos casos em que a mastectomia foi feita sem comprometer tanta quantidade de pele e para pacientes que não possuem tecido suficiente para reconstruir a mama.
- Uso de expansores: durante a cirurgia é inserida uma espécie de prótese vazia sob a pele para promover a expansão do tecido, por meio da aplicação de soro fisiológico, até atingir o tamanho desejado. Após este primeiro processo, uma segunda intervenção é realizada para remover o expansor e colocar o implante definitivo.
- Transferência de retalhos de pele: opção que faz a retirada de tecido de uma área do corpo da própria paciente para reconstruir a mama. Os principais tipos de reconstrução com transferência de retalhos de pele são:
- Retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM): utiliza pele, gordura e músculos da parte inferior abdominal.
- Retalho perfurante da artéria epigástrica (DIEP): retira parte do tecido adiposo da barriga para inserir na região a ser reconstruída.
- Retalho do músculo grande dorsal: faz a rotação de retalho ou músculo grande dorsal (nas costas) do mesmo lado da mama que precisa ser reconstruída.
Após a cirurgia
- A maioria das mulheres pode voltar às suas atividades normais dentro de 6 a 8 semanas;
- A reconstrução não restaura a sensibilidade da mama normal, mas alguma sensibilidade pode retornar como os anos;
- Pode demorar até cerca de 8 semanas para que os hematomas e o inchaço desapareçam completamente;
- Pode demorar de 1 a 2 anos para que os tecidos cicatrizem completamente e as cicatrizes sejam menos evidentes.
As mulheres que fazem a reconstrução, assim como aquelas que fizeram a mastectomia, podem precisar de um período de acompanhamento com psicólogo para aprenderem a lidar com problemas emocionais como a ansiedade e outros sentimentos.
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