De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve ter 119.400 novos casos de câncer de mama até o final 2019. Ou seja, a cada 100 mil mulheres, 56 devem ser acometidas pela doença. Com dados tão alarmantes, nunca é demais investir em iniciativas que fomentem o diagnóstico precoce do câncer de mama e o Outubro Rosa é uma delas, se não a mais importante.
FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco.
Dentre eles estão:
- Histórico familiar: mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.
- Envelhecimento: mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas.
- Menarca precoce: primeira menstruação antes dos 11 anos de idade.
- Menopausa tardia: última menstruação após os 55 anos.
- Nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.
- Reposição hormonal: utilizada para diminuir os sintomas da menopausa.
- Colesterol alto.
- Lesões de risco na mama: como pequenos cistos ou calcificações encontradas anteriormente.
- Tumor de mama anterior.
- Excesso de peso.
- Ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool.
SINTOMAS
- O mais comum é o aparecimento de um caroço. Nódulos indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados.
- Inchaço em parte do seio.
- Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja.
- Dor no mamilo.
- Inversão do mamilo para dentro.
- Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama.
- Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo.
- Caroço nas axilas.
DETECÇÃO PRECOCE
Quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de um centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Os principais exames são:
MAMOGRAFIA
- É um exame de raio-X, no qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização.
- Pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame (feito pela mulher ou pelo profissional de saúde).
- Mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, uma vez por ano.
- Toda mulher brasileira tem direito a realizar sua mamografia anual pelo SUS a partir dos 40 anos.
- Como todo exame, a mamografia também é passível de erros, mas mínimos. Cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama podem não ser detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. Nestes casos, a ultrassonografia pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.
AUTOEXAME
- É um exame muito importante, mas de forma secundária. Ou seja, não substitui a mamografia.
- É feito visualmente e por meio da palpação. Deve ser realizado uma vez por mês, após o final da menstruação.
- Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia.
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA
A reconstrução mamária é parte do tratamento do câncer de mama e tem como objetivo ajudar a resgatar um pouco da autoestima das pacientes, além de oferecer possibilidades de que ela retome seu convívio social sem ter vergonha de usar uma determinada roupa.
Existem muitas técnicas que podem ser usadas, como: prótese de silicone, expansor (próteses que podem ser aumentadas com o passar do tempo, até chegar ao tamanho correto para a paciente), tecido da barriga, músculo das costas e preenchimento com gordura. A melhor técnica, seus efeitos colaterais e possíveis resultados devem ser discutidos e esclarecidos com o médico antes de cada cirurgia.